
Thiago Trigo |
A Politécnica não é um mar de rosas, quem por lá passou sabe que as dificuldades existentes são elementos extremamente desmotivantes, mas, depois de morar em vários estados nos últimos anos e conviver com indivíduos de instituições desconhecidas e das ditas de excelência, percebi que na Poli existem pessoas (alunos, professores, funcionários, etc) que fazem a diferença e que de certa forma suavizam os problemas e engrandecem o curso de Engenharia da Computação, fazendo com que seus egressos sejam respeitados pela boa formação em qualquer parte do globo.
Eu cursei Engenharia da Computação na Poli/UPE entre Agosto de de 2002 e Dezembro de 2007 e nesse período participei de diversas atividades de ensino, pesquisa e extensão, o famoso tripé sobre o qual se apoiam as universidades. Participei da fundação do grupo de estudos Java Poli e algum tempo depois eu e muitos outros membros fomos aprovados em exames de certificação Java; Em conjunto com outros membros do antigo NUPEC, ajudei na organização do nono Simpósio Brasileiro de Linguagens de Programação (9th SBLP), foram atividades mais operacionais (divulgação, credenciamento, …), mas mesmo assim foi uma excelente experiência; Liderei, com PC e Leandro Dornelas, a organização do IV Seminário de Engenharia da Computação da Poli, o IV SEC. De uma mesa redonda deste evento brotou a semente dos programas de inclusão digital dos alunos de Engenharia da Computação; Entre outras.
No campo da pesquisa, fiz iniciação científica no projeto InteliColheita coordenado pelo Professor Fernando Buarque, aplicando redes neurais artificiais na predição de indicadores para suporte à decisão na colheita da cana-de-açúcar. Após sair do projeto InteliColheita para trabalhar em empresas, voltei ao mundo das pesquisas para o trabalho de conclusão de curso e usando raciocínio baseado em casos na gerência de riscos, sob a batuta da professora Cristine Gusmão e do engenheiro Arthur Lins (também da Poli). Os resultados de ambos os trabalhos foram publicados em congressos nacionais, internacionais e revistas.
Essa experiência científica obtida na Poli fez com que eu fosse aceito nos programas de pós-graduação nos quais me inscrevi. Acabei optando por fazer o mestrado em Informática no Programa de Pós-graduação em Engenharia Eletrônica e Computação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o qual conclui em 2010. Atualmente sou oficial-engenheiro da Força Aérea Brasileira lotado no Centro de Computação da Aeronáutica em Brasília e professor universitário em Goiás.
Em resumo, a vida na faculdade não é fácil! O importante é sobreviver e aproveitar ao máximo as oportunidades. Depois, é bom olhar pra trás e ter lembranças agradáveis. E, assim como Fred Álvares “Lenon” (tricolor sofredor) e muitos outros egressos, espero que algum dia eu consiga contribuir com o desenvolvimento do curso. |