Depoimentos

 

2012


Thiago Trigo
A Politécnica não é um mar de rosas, quem por lá passou sabe que as dificuldades existentes são elementos extremamente desmotivantes, mas, depois de morar em vários estados nos últimos anos e conviver com indivíduos de instituições desconhecidas e das ditas de excelência, percebi que na Poli existem pessoas (alunos, professores, funcionários, etc) que fazem a diferença e que de certa forma suavizam os problemas e engrandecem o curso de Engenharia da Computação, fazendo com que seus egressos sejam respeitados pela boa formação em qualquer parte do globo.

Eu cursei Engenharia da Computação na Poli/UPE entre Agosto de de 2002 e Dezembro de 2007 e nesse período participei de diversas atividades de ensino, pesquisa e extensão, o famoso tripé sobre o qual se apoiam as universidades. Participei da fundação do grupo de estudos Java Poli e algum tempo depois eu e muitos outros membros fomos aprovados em exames de certificação Java; Em conjunto com outros membros do antigo NUPEC, ajudei na organização do nono Simpósio Brasileiro de Linguagens de Programação (9th SBLP), foram atividades mais operacionais (divulgação, credenciamento, …), mas mesmo assim foi uma excelente experiência; Liderei, com PC e Leandro Dornelas, a organização do IV Seminário de Engenharia da Computação da Poli, o IV SEC. De uma mesa redonda deste evento brotou a semente dos programas de inclusão digital dos alunos de Engenharia da Computação; Entre outras.

No campo da pesquisa, fiz iniciação científica no projeto InteliColheita coordenado pelo Professor Fernando Buarque, aplicando redes neurais artificiais na predição de indicadores para suporte à decisão na colheita da cana-de-açúcar. Após sair do projeto InteliColheita para trabalhar em empresas, voltei ao mundo das pesquisas para o trabalho de conclusão de curso e usando raciocínio baseado em casos na gerência de riscos, sob a batuta da professora Cristine Gusmão e do engenheiro Arthur Lins (também da Poli). Os resultados de ambos os trabalhos foram publicados em congressos nacionais, internacionais e revistas.

Essa experiência científica obtida na Poli fez com que eu fosse aceito nos programas de pós-graduação nos quais me inscrevi. Acabei optando por fazer o mestrado em Informática no Programa de Pós-graduação em Engenharia Eletrônica e Computação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o qual conclui em 2010. Atualmente sou oficial-engenheiro da Força Aérea Brasileira lotado no Centro de Computação da Aeronáutica em Brasília e professor universitário em Goiás.

Em resumo, a vida na faculdade não é fácil! O importante é sobreviver e aproveitar ao máximo as oportunidades. Depois, é bom olhar pra trás e ter lembranças agradáveis. E, assim como Fred Álvares “Lenon” (tricolor sofredor) e muitos outros egressos, espero que algum dia eu consiga contribuir com o desenvolvimento do curso.

2011

Hugo Serrano

Entrei em 2004.2 e no primeiro semestre criei o grupo de estudos em Python (ativo até hoje) com colegas do primeiro período para passar para eles alguns fundamentos em programação e da linguagem. No quarto período passei a estagiar no curso de computação onde pude conhecer mais de perto muitos dos meus Professores. Lá tive a oportunidade de colaborar com a montagem e manutenção dos laboratórios de graduação.

Ainda no quarto semestre comecei a trabalhar efetivamente com o Prof. Fernando na IC com quem aprendi (e continuo aprendendo) bastante. A minha graduação foi um período de formação como pessoa, como profissional e como pesquisador.

Trabalhei em algumas edições do SEC como palestrante, instrutor de curso e participei de uma mesa redonda sobre inclusão digital.

Hoje faço Mestrado em Eng. de Computação na Poli, sou gerente de rede da DTI, e espero em breve voltar para terminar esse ciclo como Professor. Assim serei a primeira pessoa a participar das atividades da Poli como graduando, líder de grupo de estudo, estagiário, colaborador do SEC, aluno de IC, mestrando e Professor. =)

Salomão Madeiro

Ingressei na POLI no primeiro semestre de 2004 e colei grau no dia 27 de fevereiro de 2008. Durante esse período, estive envolvido em atividades de Iniciação Científica e Monitoria.

Na Iniciação Científica, as minhas principais contribuições foram: (1) implementação de protocolos de comunicação entre dispositivos móveis aplicados a Sistemas de Informação Geográfico Rural e (2) implementação de técnicas de pré-processamento de dados de entrada para redes neurais aplicadas ao problema de colheita de cana-de-açúcar.

Em março de 2008, ingressei no mestrado também no Departamento de Sistemas e Computação na POLI. A pesquisa que conduzi durante o mestrado foi “Buscas Multimodais por Cardumes baseados em Densidade”.

Posso afirmar que todos os professores do Departamento de Sistemas e Computação, por desempenharem seus trabalhos com competência, seriedade e compromisso, contribuíram imensamente para minha formação acadêmica e moral.

Marcelo Pita

Sou bacharel (2006) e mestre em Engenharia da Computação (2009) pela UPE. Meu envolvimento com pesquisas dentro da Academia começou em 2003 na área de processamento paralelo de alto desempenho, o que caracterizou minha iniciação científica.

Somente no final de minha graduação comecei efetivamente a contribuir, após propor ao Prof. Fernando Buarque a construção de um jogo de simulação de ecossistemas, Vidya, como trabalho de conclusão de curso sob sua orientação: este foi o início de uma nova linha de pesquisa, simulações sociais baseadas em agentes, dentro de nosso grupo de inteligência computacional (hoje, CIRG – Computational Intelligence Research Group).

Esses trabalhos geraram publicações em eventos internacionais, fundamentando meu mestrado na mesma área, propondo abordagens inovadoras. As contribuições científicas seguiram, ajudando a gerar fortes relações da UPE com outras Universidades no mundo.

Em paralelo, junto com o Prof. Buarque, atuamos junto à indústria (Petrobras) por meio de um projeto de pesquisa na área de sensoriamento remoto e inteligência computacional, gerando bons resultados.

Atualmente (2010), já como analista do SERPRO (Belo Horizonte) lotado em uma coordenação estratégica de tecnologia e vinculado a iniciativas de P&D dentro desta empresa (e com um trabalho científico interno premiado em recuperação inteligente de informação), não poderia deixar de ser grato à formação que me foi dada pela POLI/UPE por meio das pessoas de hoje e ontem que, nos papéis de docentes, pesquisadores e colegas, me fizeram enquanto profissional.

A parceria continua, e o passado de sucesso só me dá uma certeza: a de um futuro cada vez mais produtivo.

Frederico Alvares

Formei-me em Engenharia da Computação (Poli/UPE) no segundo semestre de 2006. Em setembro de 2009, conclui o mestrado em Informática do Programa de Pós-graduação em Engenharia Eletrônica e Computação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

Atualmente, sou doutorando na equipe de pesquisa ASCOLA, um “joint-team” do Institut de Recherche en Informatique et Automatique (INRIA), Laboratoire d’Informatique Nantes Atlantique (LINA) et École des Mines de Nantes, situada na cidade de Nantes, França.
Durante o curso de graduação em Engenharia da Computação da Poli/UPE, participei de várias atividades acadêmicas que contribuíram direta ou indiretamente para minha formação. Por exemplo, após de ser monitor em duas disciplinas (compiladores e banco de dados), descobri o prazer que tenho de ensinar e transmitir conhecimento às pessoas.

Durante minhas atividades de iniciação científica, participei do projeto Petrilogic, financiado pela IBM e liderado pelo professor Ricardo Massa. O objetivo era utilizar Redes de Petri como ferramenta de ensino para análise de circuitos digitais. Como trabalho de final de curso, desenvolvi uma linguagem de especificação de requisitos não-funcionais para sistemas de tempo real implementados em C.

Os resultados do trabalho foram publicados nos anais de uma conferência nacional e posteriormente em uma revista internacional.
Graças à seriedade dos professores e à participação em atividades oferecidas pelo curso, eu e meus colegas de turma obtivemos uma formação que foi muito além de uma formação técnica e profissional, sendo também uma formação de caráter.

Tudo isso contribuiu para me credenciar ao ingresso em importantes programas de pós-graduação no Brasil e no exterior. Meu desejo é que, algum dia, todo conhecimento que eu adquiri nessas diversas formações possa contribuir para o desenvolvimento do curso.